Até 2030, o mundo precisará de 44 milhões de professores
Durante o Fórum dos Países da América Latina e do Caribe, sobre o Desenvolvimento Sustentável 2025, a Unesco lançou um alerta sobre o déficit de professores, que ameaça a qualidade do ensino e o futuro de milhões de estudantes.
Estima-se que o mundo precisará de 44 milhões de docentes até 2030 para garantir o acesso universal à educação.
Na América Latina e no Caribe, são necessários 3,2 milhões de professores, principalmente, para repor os que estão deixando a profissão devido à sobrecarga de trabalho, aos baixos salários e à falta de reconhecimento.
Como resposta ao cenário, a Unesco apresentou a Estratégia Regional Docente 2025-2030, uma agenda voltada à valorização da docência nos países da região. A proposta prevê: o fortalecimento da formação inicial e continuada; a melhoria das condições de trabalho; o incentivo à liderança e à autonomia docente; uma maior participação dos professores nas decisões educacionais; e a ampliação do reconhecimento da carreira.
A Unesco chama a atenção para a magnitude dessa crise e oferece soluções claras para que os governos enfrentem o problema.
Como podemos reverter essa tendência?
A receita é simples — quase óbvia. Por meio de uma combinação de políticas que melhorem as condições de trabalho, aumentem os salários e fortaleçam a formação docente inicial e continuada. Hoje, mais do que nunca, o futuro da educação global depende de decisões ousadas e eficazes.
Em primeiro lugar, é essencial aumentar o investimento na formação inicial e continuada dos educadores, garantindo que tenham acesso a programas de capacitação de excelência e experiências práticas pedagógicas, como cultura maker e metodologias ativas.
Além disso, é crucial melhorar as condições de trabalho, oferecendo remunerações justas e benefícios que valorizem a profissão, além de proporcionar suporte psicológico e emocional.
Por meio de investimentos, da melhoria das condições de trabalho e da implementação de políticas inclusivas voltadas para o bem-estar dos educadores, podemos reverter essa crise.
O futuro da educação depende dos professores, e agora, mais do que nunca, é necessário apoiá-los para que possam desempenhar seu papel essencial na construção de um mundo mais justo e equitativo.
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