3 a cada 10 brasileiros são analfabetos funcionais, indica pesquisa
O analfabetismo funcional é a incapacidade que um indivíduo tem de interpretar informações em textos e usá-las no cotidiano, ainda que consiga reconhecer letras e números.
O Brasil não tem avançado no combate ao analfabetismo funcional, e cerca de 29% dos brasileiros, de 15 a 64 anos, eram analfabetos funcionais em 2024 — mesmo patamar de 2018, quando foi realizada a edição anterior do Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf).
O estudo foi coordenado pela Ação Educativa e pela consultoria Conhecimento Social, co-realizada pela Fundação Itaú, em parceria com a Fundação Roberto Marinho, Instituto Unibanco, UNESCO e UNICEF.
O percentual de analfabetismo funcional é maior entre pessoas de 40 a 64 anos, chegando a atingir 51% das pessoas com 50 anos ou mais.
Em contrapartida, o maior percentual de pessoas funcionalmente alfabetizadas se encontra nas faixas de 15 a 29 anos (84%) e 30 a 39 anos (78%).
A ausência de políticas públicas eficazes e a desvalorização da educação agravam ainda mais o problema.
Para combater o analfabetismo funcional, é crucial que a administração pública elabore políticas integradas que abordem o problema, desde a educação básica até a educação de jovens e adultos, garantindo acesso à educação de qualidade para todos.
A sociedade civil também pode contribuir organizando campanhas de conscientização e desenvolvendo projetos comunitários que promovam a leitura e a escrita.
Empresas podem estabelecer parcerias com instituições educacionais para oferecer programas de formação continuada aos seus funcionários, focando habilidades de leitura, escrita e matemática.
Essas ações combinadas podem ajudar a reduzir o analfabetismo funcional e promover um desenvolvimento mais justo e sustentável.
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