Blog

A IA está nos deixando burros?


No nosso  cotidiano, o uso de programas de inteligência artificial  é evidente. Estudantes usam essa tecnologia para produzir trabalhos de conclusão de curso. Funcionários de escritório pedem a ajuda virtual para organizar calendários e escrever relatórios. Pais acionam a IA para criar histórias personalizadas na hora de dormir para as crianças.
 
Dentro dos nossos cérebros, ainda não está claro como o uso persistente da IA molda a nossa mente.
 
À medida que nossa dependência em ter vasto conhecimento, rapidamente, sintetizado na ponta dos dedos aumenta, cientistas correm para entender como o uso frequente de programas de modelo de linguagem de grande escala, ou LLMs, afeta nossos cérebros. 
 
Investigam as preocupações de que os recursos de IA enfraqueçam capacidades cognitivas e reduzam a diversidade de nossas ideias. 
 
Após a divulgação de uma pesquisa do MIT Media Lab,  manchetes sobre como a a inteligência artificial está nos tornando estúpidos e preguiçosos viralizaram.  
 
Embora os pesquisadores alertem que este artigo científico e outros na área não chegaram a conclusões definitivas, o trabalho do MIT e outros pequenos estudos publicados, este ano, oferecem sugestões preocupantes.
 
Uma pesquisa no Reino Unido com mais de 600 pessoas publicado em janeiro encontrou correlação negativa significativa entre o uso frequente de ferramentas de IA e habilidades de pensamento crítico, já que usuários mais jovens, em particular, frequentemente dependiam dos programas como substitutos, não suplementos, para tarefas rotineiras.
 
Um estudo publicado pela Escola Wharton, da Universidade da Pensilvânia (EUA), mostrou que alunos do ensino médio, na Turquia, com acesso a um tutor ao estilo ChatGPT tiveram desempenho significativamente melhor ao resolver problemas de Matemática. Mas, quando o programa foi retirado, tiveram desempenho pior do que os estudantes que não usaram nenhum tutor de IA.
 
Os pesquisadores também enfatizam que os benefícios da IA podem, em última análise, superar os riscos, liberando nossas mentes para enfrentar pensamentos maiores e mais ousados.
 
O medo de que a tecnologia reestruture nossos cérebros não é nada novo. Sócrates alertou que a escrita faria os humanos se tornarem esquecidos. Em meados dos anos 1970, professores temiam que calculadoras baratas pudessem privar os alunos da capacidade de fazer contas simples. Mais recentemente, o surgimento de motores de busca suscitou temores de amnésia digital.
 
Especialistas sugerem que talvez a IA, a longo prazo,  e implantada corretamente, nos levará a aumentar, não substituir o pensamento crítico.
 
Precisamos de novas formas de interagir com essas ferramentas  e  de formas rigorosas de medir quão bem-sucedidas essas ferramentas são. Mais e mais pesquisas precisam  ser feitas para se chegar a alguma conclusão.

 

A IA está  nos deixando burros?
A IA está  nos deixando burros?
A IA está  nos deixando burros?
A IA está  nos deixando burros?
A IA está  nos deixando burros?
A IA está  nos deixando burros?
A IA está  nos deixando burros?



Voltar